quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Muita dor...

Esta semana tem sido difícil, pois é uma semana de dor... Como já expliquei no meu primeiro post sobre dor, tenho a "suspeita" (99,8% de certeza) de que sofro de endometriose, uma doença que afeta milhares, talvez milhões, de mulheres no  Brasil e no mundo inteiro, mas que, no entanto, ainda não foi reconhecida como doença social em muitos deles. É difícil descrever esta dor, mas faço minhas as palavras de Caroline Salazar, do Blog A Endometriose e Eu, é uma dor ardida que, no meu caso, começa com o meu estômago doendo de uma forma estranha, em que a dor cresce gradativamente e, qualquer coisa que eu coma parece me incomodar. É um misto de dor e aparência de fome... Difícil até de explicar. Em um dia, esta dor evolui para o intestino, período em que não posso nem pensar em comer nada doce, pois, caso eu coma, meu intestino reclama tanto, ao ponto de se retorcer como se alguém estive dando um nó lá dentro. Parece que há um acúmulo de gases e que, quando cada um se forma, torce e distorce todo o meu intestino. É uma dor terrível! Daí, é claro, meu útero começa a evoluir em "contrações" ou pontadas, cada vez mais agudas. Minha lombar fica um caco. É ruim ficar sentada ou deitada e impossível ficar em pé. Andar, então, nem se fala. Cada passo meche com tudo que está lá dentro. Sem falar na dor nas pernas, especialmente nas coxas que, além de doloridas, ficam ardendo. É um verdadeiro martírio! Fico, então, acamada entre 4 ou 5 dias, até poder voltar a andar normalmente. Todo mês, sigo a mesma rotina: ir à emergência hospitalar, tomar remédios na veia, geralmente para o estômago e para parar a dor. Ultimamente, os médicos têm me receitado o temido Tramal, que é uma versão "light" da morfina. Não posso dizer que ele resolve o problema. Na verdade, fica tudo tão dolorido, que nem sei dizer se adianta ou não. E todo mês é isso: saio uns 5 dias de circulação para a coisa toda melhorar. O pior é que não tenho um médico ginecologista para "chamar de meu" e fico pulando de um para outro, tentando achar alguém que compreenda esta dor terrível e que de fato me trate. Às vezes, fico tão sem ação diante da dor e do incômodo, que a única coisa que faço é chorar... Ontem à noite, não consegui dormir direito. Ficar deitada parecia aumentar a dor... Então fiquei sentada, meio deitada, no sofá até uma 3 ou 4 da manhã! Acordei agora e não sei o que fazer, se pago uma consulta absurda, com um especialista que só pode me atender a partir de segunda e, até lá, morro de dor ou se vou para a emergência do particular tomar os remédios ou se tento o hospital público especializado... Sei lá. Parece que é tudo tão difícil... Já estou tão cansada que só quero deitar... Confesso que não é fácil enfrentar essa doença e tudo o que ela traz. Tenho medo de muita coisa. Tenho medo de ter de fazer a cirurgia e ter de bolsa coletora de urina e fezes e ter de depender dos outros. Sem falar que ainda não fiz o teste para saber se a doença evoluiu para a esterilidade... Realmente, não sei o que fazer... Mas, para que compreendam melhor este problema, indico que assistam ao programa Gente que fala, no qual Caroline Salazar fala sobre a endometriose de uma maneira muito clara, alertando a todos quanto a ela, conforme se vê abaixo:


Beijos e um bom dia!!!

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